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O CRESCIMENTO DE UM MENINO QUE SE ACHAVA MONSTRO

CAPITULO 1

Durante muito tempo achavam que apenas ficava ali aquele menino que nunca interagia com os demais, tudo o que sabiam era que ele suportava todas as dores que jogavam sobre ele, pois nunca se reclamava sobre nada. Porem ninguém sabia que esse garoto chorava escondido todos os dias quando todos saiam.
Muitas vezes um menino tentou brincar com outros da sua idade, mas não conseguia, ele não via a logica de brincadeiras infantis, nem conversava da mesma forma que os outros, ele sempre estava a frente dos outros. O moleque era visto com esquisito, pois sempre falava do mesmo assunto e tinha dificuldades de conversar de outros assuntos interessantes para sua idade.
Sempre muito curioso a todo o momento ideias mirabolantes para descobrir como funcionam as coisas, ninguém o entendia. Tal curiosidade como seus métodos de investigação quando estava só espantavam o tedio ao ficar sozinho em casa e investigar o funcionamento das coisas e ao ver os resultados ou expor-se em perigo ou machucar-se.
Os erros nunca foram problemas, mas sempre foram calculados e estudos para que fossem deixados erros, pois descobririam seus erros e falhas, ninguém pode descobri-lo por não querer que não entrem em sua cabeça ou briguem. Por estar sempre quieto e com tédio não muito o ver e desconfiar de seus erros ou perceber o que fizeram de errado.
Agora o que sempre doía e ainda dói, é saber que sempre o viram e veem essa criança como uma pessoa que é forte e não sente como os outros, pelo fato de não o ver chorando ou reclamando da vida. Porem isso só foi adquirido por não entender como são os sentimentos das pessoas e por exigirem demais desse garoto. Sempre exigiram que esse menino fosse uma criança forte e garantindo que ele não entendesse os sentimentos como eles são e sempre que possível diminuindo sua vontade de ir buscar novas experiências de vida fora do convívio familiar.
Hoje esse menino não entende o porquê dos outros estarem tristes ou alegres, ele apenas esta lá por estar, sem saber o que fazer nessas situações. Essa pequena alma teve que aprender a fingir ser uma pessoa normal, ele não se conforma de ter que ser uma farsa e ninguém desconfiar ou perceber a tortura que foi feita com ela e continua sendo visto como um garoto bom e sempre atento aos problemas e disposto ajudar no que pode ajudar.
Ninguém sabe o quanto ele sente ao ter que conversar com outras pessoas e ele não se sentir seguro de contar o que ele realmente passa todos os dias ao ter que falar e ter que disfarçar o que passa pela sua cabeça e seu desejo de sempre estar perdido dentro do mundo, suas confusões e seu jeito de perceber o mundo que é muito ao contrario dos outros e sempre tem que fingir outros comportamentos e pensamentos para que não percebam essa distancia sua para com todas as outras pessoas da sociedade.
Não que o problema dessa pobre criatura seja maior do que a dos outros, mas sua condição se torna pior do que de outros com problemas maiores, pois só o peso que carrega por ter passado fingindo ser normal, ela não se reconhece em seu reflexo no espelho e muito dentro de seu eu-mesmo como fossem muitas cabeças dentro de sua cabeça.
Essa criança só queria que entendessem que só quer alguém em quem possa confiar assim como confiam nele, que as brincadeiras e imposições impostas a ele em sua infância que permanecem até hoje dentro de sua casa fossem evitadas, pois o que vem de fora de sua casa não é nada comparado com o que é vivido com os próximos por não poder contar com quem poderia ajudar e estão fazendo ao contrario.
Dessa forma ele se sente muito decepcionado não com a família, mas com ele mesmo, pois já se sentia estranho por ser diferente dos outros e ainda jogavam e jogam seus problemas e frustações para o garoto que agora além de se sentir na obrigação de ser comportar de forma que não é, ainda se sente culpado pelos erros do mundo e que pode ser substituído por qualquer objeto ou pessoas que moram fora e seja esquecido como um ser sem significância.


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